domingo, 28 de dezembro de 2008

Entrevista com Dr. Telles, Presidente do Conselho Nacional dos Direitos dos Idosos

População idosa deve ser a principal protagonista dos movimentos sociais

O pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública, José Luiz Telles, assumiu, no final de outubro de 2008, a presidência do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI). O CNDI tem como objetivo elaborar as diretrizes, instrumentos, normas e prioridades da política nacional do idoso, bem como controlar e fiscalizar as ações de execução. Há dois anos coordenando a Área Técnica da Saúde do Idoso do Ministério da Saúde, Telles participou de diversas iniciativas em prol da melhoria das condições de saúde dessa população. Em entrevista ao Informe ENSP, o pesquisador fez um balanço das atividades realizadas pelo MS nesses dois anos e comentou os principais objetivos e desafios de sua gestão à frente do Conselho Nacional.

Informe ENSP: Em 2006, o senhor foi nomeado pelo atual ministro da saúde, José Gomes Temporão, na época secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, como coordenador da Área Técnica da Saúde do Idoso do MS. Naquele período, em entrevista ao Informe ENSP, o senhor informou que sua principal meta seria ajudar o MS a priorizar o tratamento de saúde das pessoas da terceira idade no SUS. O senhor poderia contar um pouco sobre o trabalho desenvolvido à frente da coordenação nos últimos anos.

José Luiz Telles: Em 2006, o ministério lançou o Pacto pela Vida, no qual a saúde do idoso aparece como prioridade nas três esferas de governo. Nós compactuamos com municípios e estados algumas ações consideradas estratégicas nesse campo. Vamos fechar o ano de 2008 com a distribuição de 10 milhões de exemplares da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, atingindo mais de 50% da população idosa total do país. O objetivo dessa caderneta é instrumentalizar os profissionais da atenção básica para identificar situações de risco, incapacidades, e elaborar situações de prevenção. Junto com a caderneta vamos distribuir 70 mil exemplares do Caderno de Atenção Básica em Envelhecimento da Saúde da Pessoa Idosa. A intenção é que os profissionais de Saúde da Família de cada unidade básica tenham em mãos esse caderno, que traz alguns protocolos clínicos que orientam para a sua prática profissional.

Além disso, nós lançamos em Salvador, em setembro deste ano, o primeiro Curso de Aperfeiçoamento em Envelhecimento em Saúde da Pessoa Idosa utilizando a tecnologia a distancia. Fizemos um convênio entre o MS e o EAD/ENSP para que quinhentos profissionais da atenção básica das regiões norte e nordeste tivessem acesso a um material didático produzido sobre o que há de melhor na gerontologia e na geriatria. Como disse, o curso foi lançado em setembro e o material já esta chegando aos alunos. Essa é a primeira turma, e esperamos que a educação a distância chegue em todo o território nacional. Escolhemos essas regiões porque nelas encontramos menores condições de formação de recursos humanos.

Portanto, essas três ações em conjunto - a caderneta, o caderno de atenção básica e o curso de EAD configuram uma política de priorização da capacidade da atenção básica em dar respostas às questões especificas de saúde da velhice. Nossa meta é qualificar esse nível de atenção para que ele dê mais respostas.

Informe ENSP: Além disso, o ministério demonstrou uma grande preocupação com os idosos "caidores", e também com os problemas relacionados à violência doméstica. Comente as ações realizadas para enfrentar esses dois problemas.

Telles: Nós lançamos o Guia Prático do Cuidador buscando dar um instrumento que possibilite ao cuidador do idoso ter mais competência no seu hábito de cuidar. Lançamos também com as Escolas Técnicas de Saúde, o Programa Nacional de Formação de Cuidadores de Idosos. Isso significa dizer que a rede de Escolas Técnicas de Saúde, e a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fiocruz está incluída nisso, que o MS abraçou a formação de cuidadores de idosos, o que traz uma perspectiva nova para essa área. Na medida em que as escolas técnicas têm a capacidade de fazer cursos descentralizados, temos a possibilidade de formar um contingente expressivo de pessoas que irão cuidar dos idosos que apresentam algum grau de dependência. Portanto, trata-se de um conjunto de ações que definimos em 2006, que foram pactuados e que conseguimos colocar na rua, permitindo uma instrumentalização maior para lidar com as questões próprias da velhice.

Informe ENSP: De acordo com o Ministério da Saúde, 27% das internações dos 93 mil idosos são em decorrência de violência e agressões, sejam elas explícitas - as físicas, por exemplo - ou mais sutis, como os casos de negligência e de abuso psicológico. Para se ter uma idéia, esse conjunto de agressões é a causa de 3,5% dos óbitos de pessoas idosas. Quais são as ações que o ministério pretende desenvolver para combater esses abusos?

Telles: A violência é um problema muito sério que afeta a população mais vulnerável, como as crianças, as mulheres e a população idosa. Trata-se de um problema multidimensional. A agenda social que será construída por todos os ministérios que compõem a política nacional do idoso, será anunciada pelo presidente da República na II Conferência Nacional de Direitos do Idoso. Iremos propor que a violência seja um dos pontos centrais da atuação do governo. Isso implica dizer que as ações deverão ser coordenadas pela Secretaria Especial de Direitos Humanos e executadas pela saúde, pela assistência social, pelo ministério público; enfim, uma ação coordenada, inclusive, com organizações da sociedade civil.

Na saúde, nós já temos algumas ações importantes, como o Sistema de Vigilância de Violência e Agravos, instituído pelo MS. Existe um formulário eletrônico para notificação que pode ser utilizado diante de qualquer suspeita de violência, em qualquer faixa etária. Além disso, precisamos fortalecer as instâncias de polícia e as delegacias especiais de idosos, que hoje são poucas. Enfim, nós temos que somar esforços para que isso seja minimizado, pois se trata de uma complexidade muito grande.




Fonte: Informe ENSP

Feliz 2009!


Feliz 2009! Saude, sucesso, paz e amor para todos em todo o mundo!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Dustin Hoffman diz que Hollywood não valoriza os mais velhos

Por Mary Milliken

LOS ANGELES (Reuters) - Aos 71 anos, o ator Dustin Hoffman diz que nunca vai se aposentar, mas pode ter de ir bem além de Hollywood para encontrar os papéis de que gosta.

Seu último filme, "Last Chance Harvey" é uma pequena ode ao amor encontrado na maturidade, um tema que promete sucesso entre uma fatia crescente do público que vai ao cinema -- os maiores de 40. O filme estréia nos Estados Unidos no dia de Natal.

No filme, Hoffman, que interpreta Harvey, conhece Kate (Emma Thompson). Ele disse que gostaria de fazer mais filmes para fãs mais velhos, mas não acha que os estúdios de Hollywood -- que tendem a fazer grandes filmes, para abarrotar os cinemas -- sejam capazes de assumir o público mais velho.

"Se eu tivesse de usar minha energia, não seria para mudar o sistema dos estúdios. Seria para acrescentar duas ou três línguas ao meu repertório, que hoje consiste somente em inglês de rua", disse Hoffman em uma entrevista recente.

"Se eu falasse francês, espanhol e italiano, trabalharia em filmes que me interessam mais. Eles ainda honram as histórias de amor sobre pessoas com mais idade. Você pode envelhecer na Europa".

Hoffman, nascido e criado em Los Angeles, diz nunca ter entendido, quando criança, a obsessão com a juventude. Para ele, existe nos Estados Unidos "uma falta de respeito com a idade que não existe em todos os países".


segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Cinema





Cate Blanchett irreconhecível em cena de ''O curioso caso de Benjamin Button'' (Foto: Reprodução)

Cate Blanchett fica irreconhecível no papel de idosa

Atriz está em 'O curioso caso de Benjamin Button', que estréia nos EUA.
Filme foi indicado ao Globo de Ouro e é considerado candidato ao Oscar.


Se os fãs não soubessem que ela está contracenando com Brad Pitt em "O curioso caso de Benjamin Button", Cate Blanchett não seria reconhecida no filme, que começa com um close dela em uma cama de hospital, na condição de uma mulher idosa debilitada.


A atriz australiana de 39 anos ganhou o Oscar em 2004 por interpretar Katharine Hepburn no filme "O aviador" e foi duas vezes indicada para disputar a estatueta no ano passado, pelo papel da rainha Elizabeth I ("Elizabeth: A era dourada") e do cantor Bob Dylan ("Não estou lá"). Em "Benjamin Button," que estréia nos EUA no dia de Natal, Blanchett mais uma vez se transforma em uma pessoa totalmente diferente, em mais um papel desafiador.


A atriz passa por uma notável transformação à medida em que a vida de sua personagem, Daisy, transcorre por oito décadas, desabrochando de uma menina alegre para uma linda dançarina de balé, depois envelhecendo enquanto o amor de sua vida inexplicavelmente fica mais jovem.


Ela diz que boa parte do crédito por sua metamorfose se deve ao "inacreditável talento dos artistas maquiadores".


Mas a atriz também afirma que seu desempenho se baseou amplamente em experiências de sua juventude -- das lições de balé na infância ao relacionamento próximo com sua avó e seu primeiro emprego, aos 14 anos, servindo refeições em um lar para idosos.

"Eu ia para lá depois da escola, e o cozinheiro já tinha preparado a refeição. Eu tinha de colocar a comida nos pratos e servir para as pessoas, conversar um pouquinho com elas. Depois tinha de limpar tudo e colocar no lugar", relembrou Blanchett em uma entrevista recente.

Em recordações que parecem sair diretamente do filme, ela lembrou que um dos funcionários do asilo expressou consternação quando um paciente era admitido tão rapidamente no lugar de outro que havia acabado de falecer, dizendo que parecia que "a cama ainda estava quente".


"Imagine uma garota de 14 anos ouvindo isso. 'Nossa, aquela pessoa se foi e uma outra já entrou?' A vida realmente é um estacionamento de carros", disse ela.


A rápida passagem do tempo, e de vidas que vêm e vão, é explorada no filme "O curioso caso de Benjamin Button", um drama épico romântico sobre um homem, interpretado por Pitt, de 45 anos, que nasce na faixa dos 80 anos e vai ficando jovem.


Abandonado ainda bebê na porta de um lar de idosos em New Orleans no fim da 1ª Guerra Mundial, ele é adotado pelo encarregado desse asilo e cresce na companhia dos moradores velhos e ou à beira da morte, que se tornam sua grande família.


Em uma transformação feita com ajuda de imagens gráficas de computador, Benjamin passa boa parte de sua infância de "velhice" em uma cadeira de rodas ou com muletas, mas gradualmente supera as deficiências causadas pela idade avançada à medida que chega à vida adulta.


No restante do filme, indicado para cinco Globos de Ouro e considerado um candidato ao Oscar, Benjamin é mostrado na busca de seu caminho no mundo.


Os personagens interpretados por Pitt e Blanchett -- que atuaram juntos anteriormente como um casal em "Babel", de 2006 -- primeiro se encontram como crianças e depois suas vidas se cruzam em vários momentos enquanto eles tomam direções opostas no filme.


Dirigido por David Fincher (de "Seven", "Clube da luta", "O quarto do pânico"), o filme foi adaptado de um conto de F. Scott Fitzgerald, dos anos 20. Fitzgerald se inspirou em um comentário do escritor Mark Twain: "A vida seria infinitamente mais feliz se nós pudéssemos nascer com a idade de 80 anos e gradualmente nos aproximássemos dos 18".


Fonte: G1



quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

I Fórum interinstitucional de projetos para pessoa idosa

Gente, bom dia!

Ontem, dia 17/12/08 no auditório Ribamar Carvalho/UFMA, aconteceu o I Fórum Interinstitucional de Projetos para Pessoa Idosa, sobre o qual eu já havia comentado anteriormente. Iniciativa muito válida, o evento foi bastante proveitoso e conseguiu reunir e expor cerca de 15 projetos:
Programa de Saúde Bucal para a Terceira Idade/UFMA; Universidade Integrada da Terceira Idade
/UFMA; Assistência à Saúde no Envelhecimento do Distrito Coroadinho; Núcleo de Capacitação e Estudos do Envelhecimento/NUCEPE-UFMA; Pastoral da Pessoa Idosa; CEFET-MAturidade (ainda uma idéia); Educação para Vocalistas da Terceira Idade; Programa Melhor Idade; AAUNI; Gestão da Qualidade; Informática na Teceira Idade; O Idoso e a Atividade Física; Idoso Cidadão e o CEDIMA.
Destaque então para a UFMA; UEMA; CEFT-MA; CEST; FAMA e UNIFAMA/Imperatriz; UNDB; CNBB; CEDIMA e todos os demais.
Parabéns à Pró-Reitoria de Extensão da UFMA na pessoa do tão entusiasmado Prof. Dr. Antônio Luiz Amaral Pereira; parabéns à Arte Educadora Graça de Fátima Pires de Carvalho, da AAUNI, sempre maravilhosa e lutadora; e também pra Raimunda, a linda Raimunda, representando a AAUNI na mesa de abertura; parabéns aos que sempre têm se empenhado por esta causa no Maranhão: Ivaneide; Silvana; Rosário; Prof. Isidoro; Naíde; Ana Lúcia; Adriana; Ezon; Feitosa; Hortência; Lucinha; Ana Karinne; Amara; Robson; Carol e Espósito (este, além de ser o nosso Coordenador da Pastoral do Idoso-MA, é sempre um show man; acho que todo munod fica na expectativa de ver e ouvir Ivaldino Espósito).
Um parabéns mais que especial para o sr. João, que tão digna e maravilhosamente nos apresentou o belíssimo trabalho da UniFAMA de Imperatriz-MA; ele foi um show!!!
Senti falta da Socorro Ramos...vou cobrar depois!!!

Um beijo no coração de todos e até mais...

Báucis Calógeras


sábado, 13 de dezembro de 2008

Mãe de 70 anos mostra na Índia sua filha recém-nascida


Rajo Devi engravidou após tratamento de fertilização artificial.
Bebê, nascido em 28 de novembro, passa bem, diz médico.

Busca pela 'eterna juventude' produz vovôs malhados a base de hormônio




É uma daquelas fotos que exigem uma segunda olhada. O Dr. Jeffry Life, sem camisa, está usando apenas calças jeans. Seu rosto é o de um vovô respeitável: poucos cabelos, e os que restam estão todos brancos. Mas seu corpo de 69 anos parece o de um sujeito musculoso de apenas 30 anos.

A foto aparece com freqüência em anúncios do Instituto Médico Cenegenics, clínica de Las Vegas (EUA) que se especializa em "gerenciamento de idade", um campo crescente numa sociedade obcecada em permanecer jovem. Life, que jura que esse é o seu verdeiro sobrenome ("Vida", em inglês), também tem um quadro com a foto em seu escritório na Cenegenics.

"Esse é o cara!", diz o paciente Ed Detwiler, apontando para a foto do médico que virou sua grande inspiração. Detwiler, de 47 anos, é paciente de Life há mais de três anos. Nesse meio tempo, ele adotou os mesmos procedimentos seguidos pelo especialista -- mudando drasticamente seus hábitos alimentares e atividade física, recebendo injeções diárias de hormônio do crescimento humano e injeções semanais de testosterona (hormônio sexual masculino).

Ele segue as recomendações porque elas o fazem se sentir melhor, mais cheio de energia e com a mente mais ativa. E também porque quer viver uma vida longa e saudável. "Se eu ficasse curvado e preso à cama, que tipo de qualidade de vida seria essa?", pergunta Detwiler, empreiteiro do subúrbio de Las Vegas que diz estar fazendo isso, em parte, por causa da sua mulher, que é nove anos mais nova. "Se eu conseguir ser ativo, viajar, conhecer o mundo e fazer alguma diferença na vida na vida das pessoas, então é claro que eu gostaria de ter uma existência tão longa quanto possível."

É um sentimento comum numa sociedade onde muitos lutam para parecer e se sentir várias décadas mais jovens. Mas freqüentemente é preciso alguma ajuda. Às vezes, muita ajuda. O uso do Botox e de vários tipos de hormônio se tornou um negócio enorme -- só a venda do hormônio de crescimento humano aumentou 6% no ano passado.

A lista de táticas para desafiar a idade é inifinita. Quer um abdômen de "tanquinho"? Há um procedimento cirúrgico para criar uma barriga dessas, só que falsa. E quanto a cortar drasticamente a ingestão de calorias para retardar o envelhecimento? Há um grupo de fanáticos que jura que isso funciona.

Testículos de tigre

"Essa busca pela juventude eterna certamente não é nova. "No ano 1500 a.C., as pessoas já estavam ingerindo testículos de tigre para tentar rejuvenescer", diz Gene Cohen, especialista em envelhecimento da Universidade George Washington. Mas, para uma geração de adultos que cresceu com a mensagem do marketing moderno -- a de que, por um preço, você pode ter tudo --, a busca está ganhando nova urgência.

Claro que vale a pena se cuidar. Comer coisas saudáveis, exercitar o corpo e o cérebro regularmente -- são coisas consideradas seguras para continuar jovem. Proteger-se dos raios solares nocivos também vale a pena. Até usar o fio dental é um hábito que, de acordo com pesquisas envolvendo pessoas que vivem até os 100 anos, pode estender a vida. Mas é aí que o consenso normalmente acaba.

Muitos dos médicos convencionais demonstram preocupação com o fato de que estamos com a cabeça muito focada em tratamentos com benefícios de curto prazo, mas que têm efeitos colaterais potencialmente perigosos e pouca ou nenhuma evidência de que ajudarão no longo prazo.

"A busca pela vida eterna e o desejo de evitar doenças e não sofrer" é compreensível, diz S. Jay Olshansky, professor de saúde pública e pesquisador da Universidade de Illinois em Chicago. Mas pode deixar as pessoas vulneráveis a picaretagens malucas e potencialmente perigosas. As mais bizarras incluem injeções de células fetais, inalação de gás radônio e até extirpação dos testículos, antiga prática usada para reduzir a exposição excessiva a hormônios reprodutivos.

"Há uma enorme indústria de pessoas tentando vender o que não existe, e elas estão fazendo rios de dinheiro com isso -- para o desespero dos que, como nós, tentam proteger a saúde pública", afirma ele. Também há a preocupação de que essa idéia fixa esteja mandando mensagens erradas às gerações mais jovens. Pesquisas mostram que um número considerável de pessoas na casa dos 20 anos estão se submetendo a cirurgias plásticas, por exemplo.

Pior ainda, levantamentos feitos com adolescentes indicam que um quarto dos jovens entre 12 e 19 anos (e um terço das meninas com essa idade) têm interesse em fazer plásticas para melhorar sua aparência.

Michael Wood, vice-presidente do TRU, instituto responsável pela pesquisa, se diz um pouco assustado com os resultados.

"Não há dúvida de que a celebração da juventude e da possibilidade de parecer mais novo certamente ganharam força nos últimos dez anos, até cinco anos", diz Wood. "E isso é de uma geração que está crescendo com isso ainda muito jovem."

Efeito palpável

O efeito é palpável, diz Neil Howe, um especialista respeitado que escreveu muito sobre os "milenares", jovens que estão atingindo a puberdade neste século.

"Acho que até jovem não é mais suficiente", diz Howe. "Tem que ser jovem e 'perfeito'."

Alex Sabbag, 23, mora em Chicago e sentiu a pressão, tanto de si mesma como da sociedade.

"Vou envelhecer até atingir os 25. E depois, chega", disse ela a colegas durante uma conversa de almoço que passou ao tópico do Botox.

Ela estava sendo apenas parcialmente séria. Mas diz também ter aceitado que vivemos numa sociedade em que estar bem de aparência e jovem dá status.

"Todos vamos embarcar nessa", diz Sabbag. E cirurgias plásticas e outros procedimentos cosméticos são parte disso.

Ela nunca fez nada em seu corpo, embora não descarte para o futuro. Ela também lembra vividamente como sua mãe saiu de casa por vários dias, quando Sabbag estava na escola primária, e voltou depois de uma plástica facial.

"Acho que isso dá à mulher e ao homem muita confiança, que acaba tornando-os pessoas melhores", diz Sabbag. "Sim, é uma prática vã... mas eu acho que chegam um ponto para as pessoas em que trabalho duro não é suficiente para chutar os últimos gramas de gordura na barriga ou a gravidade se tornou invencível, e então um retoque na testa precisa acontecer."

Detwiler, o paciente de Life na Cenegenics, não está buscando a aparência da juventude. Ele quer ampliar sua juventude e sua vida.

Ele sabe sobre o hormônio de crescimento humano e suas controvérsias no esporte. Mas isto, ele e seu médico dizem, é diferente. Embora seja ilegal usar esses hormônios para propósitos anti-envelhecimento, ele toma doses relativamente pequenas, prescritas por "deficiência hormonal". A idéia é trazer os níveis de volta aos de um jovem, aos 20 e poucos anos.

"Meus amigos dizem, 'Oh, Ed está tomando esteróides'", diz Detwiler, que tem acompanhado conforme músculo substitui gordura em sua barriga e em outros lugares. "Não, não estou. Olhe para mim. Parece que eu estou tomando esteróides?"

Ele faz um muque para indicar que seu corpo está em forma, mas não é monstruoso. "Não estou. Estou tomando terapia hormonal", diz, referindo-se a um programa que custa mais de US$ 1.000 (R$ 2.500) por mês.

Além de hormônio do crescimento humano, testosterona e um hormônio adrenal conhecido como DHEA, sua dieta agora consiste basicamente de coisas como ovos cozidos, frutas, castanhas, iogurte, saladas e filés de peixe, franco ou carne com pouca gordura. Ele também se exercita regularmente, alternando entre trabalhos cardíacos e treinamento de levantamento de peso.

"Não posso dizer em palavras o quanto me sinto bem", diz o homem que costumava precisar de uma Pepsi para atravessar cada dia.

Fome de beleza

Para um grupo conhecido como Sociedade de Restrição de Calorias, a juventude não é encontrada nos hormônios. É reduzir o consumo de alimento, em alguns casos, até níveis próximos da inanição.

Mas os benefícios são basicamente os mesmos -- "muita energia" e sentir-se "afiado", diz Brian Delaney, um escritor californiando de 45 anos que agora vive na Suécia. Ele é presidente de um grupo que afirma ter 2.000 membros no mundo todo e muito mais seguidores que usam o método na esperança de aumentar significativamente sua longevidade.

Ao cortar calorias para ficar com 1.900 diárias, cerca da metade do que é recomendado para alguém com sua altura e idade, e fazendo exercícios diariamente, Delaney emagreceu até atingir cerca de 70 kg. Ele diz que a pressão sangüínea, o colesterol e os níveis de açúcar no sangue melhoraram dramaticamente.

Com 1,77m ele admite estar "mirrado", o que ele aponta como o principal problema.

Já a fome ou ter de vestir mais roupas para permanecer aquecido -- por causa da pouca gordura corporal ou, segundo ele, um efeito do envelhecimento desacelerado -- não incomodam muito Delaney.

Ele diz que come com sensatez, substituindo junk-food com muitas frutas e vegetais, sem carne, e duas refeições diárias -- sem almoço. Café-da-manhã é normalmente uma "porção generosa" de granola, com fruta, castanhas e leite de soja; já o jantar pode ser peixe, arroz, feijão e uma grande salada com vinho tinto.

Além de "toneladas de pequenas rugas", que ele atribui a muito sol quando criança, Delaney diz que na maioria dos atributos, ele se parece "muito mais jovem" que 45.

É um elogio que muitos buscam.

"Quando éramos mais jovens, falávamos sobre alguém que tinha 60 e era velho. E agora minha academia é cheia de mulheres com mais de 60 e parecem fenomenais", diz Rennee Young, uma executiva de 48 anos em New Rochelle, Nova York. "Elas não querem ser categorizadas como velhas."

Mas há mais do que isso aí. A juventude, ela diz francamente, também significa sobrevivência no mundo dos negócios, inclusive em sua linha de trabalho -- relações públicas.

"Ninguém quer sentir que sua aparência significa que sua habilidade de fazer algo diminuiu", diz Young. "Se você tem uma aparência mais jovial, você se sente mais saudável. Você sente que ainda está no jogo."

Em sua cabeça ressoa o fato de que sua própria mãe morreu quando tinha só 56 anos.

Por isso, cinco ou seis manhãs por semana, mesmo quando ela preferiria colocar as cobertas sobre a cabeça, Young se levanta e gasta duas horas na academia.

É mais que o dobro recomendado diariamente para saúde perfeita. E ainda assim, para ela, não era suficiente. Recentemente Young gastou cerca de US$ 20 mil (R$ 50 mil) no abdômen, porque, como ela diz, não há abdominais suficientes que vão fazê-la tão magra quanto ela gostaria de ser.

O resultado foi uma reforma em sua forma de ver a si mesma.

"Assumi um compromisso neste verão. Se eu fosse passar por todas essas cirurgias, então teria de ser parte de um programa completo", diz Young, que também está ganhando mais descanso e comendo de forma mais saudável.

"Eu posso com certeza ver o resultado." Ela, também diz que não se sente tão bem assim faz anos.

Fazendo dinheiro com a beleza

Usar um procedimento cosmético como motivador é válido, e lucrativo, para dizer o mínimo, afirma Jonathan Lippitz. Ele é um médico plantonista dos subúrbios de Chigado que faz procedimentos cosméticos, como Botox, numa atividade à parte.

Mas também é um "declive escorregadio", em que pacientes muitas vezes querem correr mais riscos do que deveriam, e alguns médicos vão aceitar.

"Eles sempre vão achar alguém disposto a fazer isso", diz.

Em sua própria atividade, ele diz que se vê continuamente caminhando uma fronteira tênue entre os procedimentos que ele vai fazer e os que ele não vai.

"Nós todos dizemos, 'quero meu cabelo diferente. Quero meus olhos diferentes'", diz Lippitz. "Essa idéia de ser perfeito é um problema, porque não é realidade. Eu tenho essas pessoas que vêm e dizem, 'Eu quero esses lábios'. Eu digo, 'Não tem como você ter esses lábios'. Eu digo, 'Vamos trabalhar com o que você tem'."

Mas e se o que eles têm já está bom? Essas são as questões que perturbam Michael Morgan, um dentista que faz trabalho cosmético em outro subúrbio de Chicago.

Ele tem visto mais jovens mulheres passando por sua clínica. E mesmo sua filha, de 13 anos, perguntou se poderia branquear seus dentes, algo que ele acha que ela não precisa. Nem considerava seguro para seus dentes jovens ou apropriado para a idade dela.

"Há uma consciência. Elas estão muito mais preocupadas com a aparência de seu rosto. Mas também há pressão social", diz da geração mais jovem para quem ele fará os procedimentos mais conservadores, mas nada mais.

Ele soa triste ao falar do assunto.

"Não há nada errado em querer parecer mais bonito. Nós queremos parecer jovens. Queremos estar ótimos", diz. "Mas parte desse sentimento precisa vir de dentro."

Morreu, morreu

Para aqueles que vão ainda mais longe para manter o envelhecimento -- e a morte -- distantes, também não há garantias.

O guru de restrição calórica Roy Walford morreu de complicações de esclerose lateral amiotrófica aos 79, mais perto da média do que da "vida extraordinariamente longa" de que seus seguidores falam.

Enquanto isso, Alan Mintz, fundador da Cenegenics, morreu relativamente jovem, aos 69, por complicações durante uma biópsia do cérebro.

Algumas pesquisas sugerem que injeções de hormônio do crescimento humano podem causar câncer. Elas também foram ligadas a dores nervosas, colesterol elevado e riscos aumentados para diabetes.

Apesar disso, Life, agora oficial médico-chefe da Cenegenics, continua na mesma rota. Entre outras coisas, ele aponta estudos que sugerem que hormônio do crescimento humano em doses baixas não oferece risco de câncer, se não houver câncer preexistente.

"Nos próximos dez anos, talvez menos, isso vai ser visto como medicina tradicional -- prevenir doenças, reduzir o processo de envelhecimento, impedir que as pessoas percam sua habilidade de cuidar de si mesmas quando ficam velhas e terminar em asilos", diz Life. "Essa é realmente a fronteira da medicina."

Detwiler está apostando nisso.

"Há aqueles que podem pensar que estou trapaceando Deus. Eu não sei", diz. "Mas eu não quero regredir. Por que eu quereria?"

Ele diz que sua gordura corporal média caiu de cerca de 17% para menos de 10%. Ele não pode lembrar a última vez que teve um resfriado ou uma gripe. E diz que tem a energia para trabalhar muitas horas, deixando-o apto a ganhar mais de US$ 1 milhão (R$ 2,5 milhões) neste ano.

É isso que ele sabe agora. O futuro, diz, é mero palpite.

"As pessoas podem dizer, 'Ei, o que aconteceu a essas pessoas? Era fronteira da medicina? Ou era um abismo?", diz, enquanto caminha para a academia. "Acho que só o tempo dirá."

Fonte: www.g1.globo.com

Idosos entre 60 e 90 anos recebem certificado de alfabetização em SP

Um grupo de 35 alunos, com idades entre 60 e 90 anos, deu (mais) uma lição de vida às novas gerações na tarde desta sexta-feira (12): recebeu o certificado de participação de um curso de alfabetização, no Teatro Santa Catarina, no hospital de mesmo nome, na Avenida Paulista.

O curso é promovido pela Secretaria do Estado da Saúde em parceria com a ONG Alfabetização Solidária no Centro de Referência do Idoso (CRI) da Zona Norte. Durante oito meses, os “alunos-vovôs” tiveram aulas com as professoras Sumi Ishara e Emily Barrack no Hospital do Mandaqui, na Zona Norte.

Dentre os “formandos”, José da Costa e Silva, um ex-lavrador e agora sorveteiro de 90 anos. Ele conta que costuma levantar cedo para percorrer distâncias como do bairro do Limão até o Campo de Marte, ambos na Zona Norte, com o seu carrinho de sorvetes. “Eu ando muito”, contou.

Se não faltava animação para José, agora com o certificado de alfabetizado em mãos sobra disposição, principalmente para continuar os estudos. “Vou continuar estudando. Conheço muito de obra, pois já fiz serviço de pedreiro. Por isso, até poderia ser engenheiro. Mas minha vontade é estudar Direito”, revelou.

Como teve de começar a trabalhar desde pequeno na lavoura, em Ressaquinha, Minas Gerais, José não pôde estudar. Com o certificado, realizou um sonho. “Não tem nem explicação. É um presente que vai ficar gravado, uma das maiores emoções da minha vida”, afirmou, com convicção.

Assim como seu José, Maria do Carmo Magliano, mais uma “formanda”, de 64 anos, não quer mais parar de estudar. Com a conclusão do curso, ela fez o teste da prefeitura e foi aprovada para prosseguir os estudos a partir da quinta série. Maria do Carmo, no entanto, se matriculou na terceira série.”Foi a série que eu parei quando tinha 11 anos. É para pegar todo o fio da meada”, explicou. E o sonho dela está apenas começando. “Meu sonho é ser pedagoga, nem que seja para dar aula para idosos”, afirmou.

No cerimônia de entrega dos certificados, quem mais mereceu aplausos, contudo, foi João do Nascimento, açougueiro aposentado de 80 anos, pai de sete filhos, avô de 26 netos, bisavô de 10 bisnetos e prestes a se tornar tataravô. Mais do que uma lição de vida, João do Nascimento deu uma lição de superação ao subir, amparado por uma atendente do evento, as escadas do palco para receber o certificado.

Segundo a filha, Mariângela, João teve parte da perna esquerda amputada por causa de diabetes, mesma doença que tirou de seu pai parte da visão. Além disso, ele tem câncer de próstata e sofreu perda da audição. Apesar de todas as dificuldades, em momento algum pensou em desistir. “Fiquei muito feliz. É um sonho”, disse, depois de receber o certificado.

Mas antes mesmo deste momento tão significativo João do Nascimento já dava lições de vida aos mais novos. “O que eu aprendi com o meu avô? Aprendi que temos de ser educado com as pessoas”, contou o neto Wellyngton Nascimento Santos, todo orgulhoso ao lado do avô.


Fonte: www.g1.globo.com

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

PROJETOS E IDOSOS: 1º Fórum Interinstitucional de Projetos para Pessoa Idosa

Bom dia!

Mais um evento neste final de 2008 que promete ser muito intressante: trata-se do 1º Fórum Interinstitucional de Projetos para Pessoa Idosa que acontece dia 17/12; quem promove é a Pró-reitoria de Extensão da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em parceria com a Associação dos Amigos da Universidade da Terceira Idade (AAUNI).

O evento ocorrerá no auditório Ribamar Carvalho, próximo à Área de Vivência no Campus da UFMA. O objetivo é conhecer os projetos desenvolvidos por outras instituições de ensino superior - públicas e privadas - e trocar experiências.

Além da UFMA e sua já renomada Universidade Integrada da Terceira Idade (UNITI), outras instituições poderão divulgar seus projetos de extensão voltados para a pessoa idosa. Espera-se contar com a participação do UniCeuma, CEST, FAMA, ANG-MA, Conselho Estadual do Idoso - CEDIMA, Programa Melhor Idade e CEFET-MA.

Bom, né?

Até a próxima...abraços
Baucis Calógeras

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Nossos queridos personagens.....na velhice!




























Que belezinha, hein?

Fonte: Capinaremos

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Expectativa de vida no Brasil cresceu 5 anos e meio desde 1991

Rio de Janeiro, 1 dez (EFE).- A expectativa de vida dos brasileiros aumentou 5 anos e meio em pouco mais de uma década e meia, ao passar de 67 anos, em 1991, para 72 anos e 6 meses, em 2007, segundo estudo divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Em comparação com 2006, quando era de 72 anos e 2 meses, a expectativa de vida dos cidadãos cresceu quase 4 meses em 2007, segundo o estudo do IBGE.

A previsão do instituto é de que a expectativa de vida média do brasileiro chegue a 74 anos e 9 meses, em 2015.

Entre as mulheres, a expectativa de vida passou a 76,44 anos, em 2007, contra 70,9 anos, 1991.

Já os homens brasileiros tiveram a expectativa de vida aumentada para 68,82 anos, no ano passado, contra 63,2 anos, 1991.

O estudo indicou entre os fatores que ajudaram a elevar a expectativa de vida a redução da taxa de mortalidade infantil, que caiu de 45,19 mortes entre cada mil crianças nascidas vivas em 1991 para 24,32, em 2007.

O IBGE estima que essa taxa cairá a 18,2 mortes por cada mil crianças em 2015.

Esta projeção ainda é inferior a uma das metas do milênio às quais o Brasil se comprometeu, de reduzir a taxa de mortalidade infantil até 15 por mil, em 2015.

O órgão também detectou um aumento da mortalidade masculina entre os jovens em relação à população feminina no período comparado.

Enquanto em 1991 a possibilidade de um homem de entre 20 e 24 anos morrer era 3,34 vezes superior à de uma mulher da mesma idade, no ano passado essa proporção subiu a 4,2 vezes.

"Se as mortes por causas externas, particularmente as mortes violentas, não tivessem tomado tamanha dimensão, a expectativa de vida do brasileiro ao nascer poderia ser 2 ou 3 anos superior à calculada", segundo o instituto.

"A morte prematura de jovens de sexo masculino por causas externas é um fato social que incomoda o país, especialmente por obedecer em grande parte à violência que se instaurou no Brasil", acrescentou o organismo. EFE cm/jp |Q:SOC:pt-BR:14003001:Temas sociais:Demografia:População e censo SYS:pt-BR:07005000:Saúde:Pesquisa médica SOC:pt-BR:14023000:Temas sociais:Morte.|

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s/01122008/40/entretenimento-expectativa-vida-no-brasil-cresceu.html

domingo, 30 de novembro de 2008

Divórcios aumentam entre maiores de 60 anos, diz IBGE

Os pedidos de mulheres aumentaram 29,3%, contra 27,8% dos homens.
Em números absolutos, porém, pedidos de separação por homens é maior.

Dados do IBGE apontam que a separação de casais com mais de sessenta anos aumentou. Entre homens, o número de pedidos de divórcio entre 2003 e 2006 aumentou 27,8% (de 9.949 casos para 12.719). Entre as mulheres, os pedidos aumentaram 29,3 % (de 5.805 para 7.506) para o mesmo período.

Para o geriatra Einstein Carmargo, o fenômeno é associado ao aumento da expectativa de vida dos brasileiros. Ele acrescenta que o homem tende a sair mais de casa, por conta inclusive das novas medicações para o tratamentos da impotência. “A mulher que tem independência financeira e profissional com certeza sai mais. É esse grupo que sai do casamento nessa faixa etária”, afirma.

“Chegou um momento em que eu falei: ou é agora ou nunca! Então, parti pra essa decisão, que foi difícil, demorou trinta e sete anos, mas um dia saiu”, ressalta Lúcia Wen, uma médica dermatologista de 60 anos. Ela começa o dia na academia. A malhação é uma das mudanças na vida da mulher separada há um ano, com três filhos e três netos.

“Tenho a liberdade de fazer o que eu quero, quando eu quero e como eu quero. Agora eu estou à minha disposição, não à disposição dele”, destaca ela. “Acho que nunca é tarde pra recomeçar, tanto pode ser aos 60 como aos 70. Se a pessoa se dispõe a ter uma nova vida, qualquer momento eu acho que é momento. Eu ainda tenho vinte anos pela frente”, disse.

Fonte:http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL857928-5598,00-DIVORCIOS+AUMENTAM+ENTRE+MAIORES+DE+ANOS+DIZ+IBGE.html

Ministério da Saúde: Campanha Clube dos ENTA: Sexo não tem idade. Proteção também não”

“Quero fazer muito sexo”

Com esse anúncio, publicado num jornal, uma sexagenária atraiu 63 interessados – e realizou o desejo com quatro deles

Por: Martha Mendonça




A professora aposentada Jane Juska tinha 66 anos e um jejum sexual que durava três décadas quando decidiu publicar um anúncio incomum num jornal de literatura de Nova York: “Antes de completar 67 anos – no próximo mês de março –, eu gostaria de fazer muito sexo com um homem de quem eu goste”. Jane, então divorciada e já com um filho adulto, imaginou que no máximo dois ou três homens dariam retorno. Mas sua caixa postal recebeu 63 respostas. Ela escolheu alguns dos candidatos e marcou encontros para conhecê-los pessoalmente. Fez sexo com quatro deles (um de cada vez). O ato de coragem só não foi maior que, anos depois, contar suas aventuras no livro Uma Mulher de Vida Airada – Memórias de Amor e Sexo depois dos 60 (Editora Rocco), que chega ao Brasil nesta semana.

Jane afirma que antes de publicar o anúncio se perguntava se nunca mais teria um homem – e essa dúvida fez soar um alarme. “A maioria das pessoas de idade, em especial as mulheres, têm medo de correr riscos”, diz. “Preferi agir a esperar que alguma coisa acontecesse”. Antes de publicar o anúncio, ela havia tentado outras formas de despertar o interesse em potenciais parceiros. Freqüentou bares e festas, em vão. Quando percebeu que a idade não era sua aliada numa paquera, desistiu. Ela diz ter acreditado que era melhor o celibato que a humilhação. A ousadia de publicar o anúncio mudou sua vida.

Quando as respostas dos pretendentes começaram a chegar, Jane teve o luxo de poder escolher. Ela separou as cartas, como conta no livro, em montinhos de sim, não e talvez. Escolheu os mais originais e equilibrados – já que sua caixa postal recebeu até mensagens pornográficas e fotografias de nu frontal. Em pouco tempo, ela deixou de lado a educação vitoriana do Meio-Oeste americano, a dor dos fracassos amorosos, os problemas de excesso de peso e da queda pela bebida para seguir até o aeroporto onde esperaria o primeiro candidato. “Foi o momento em que tive mais medo. Quase desmaiei quando vi que ele carregava uma caixa com objetos que faziam barulho. Pensei: ‘São brinquedos sadomasoquistas!’. Depois, descobri que eram garrafas de vinho”, diz.
O parceiro mais jovem que ela encontrou tinha
32 anos e era a cara de David Duchovny, de Arquivo X

Depois de Jonah, de 82 anos – o primeiro –, não parou mais com os encontros. Jane não mede palavras para relatá-los. Um dos candidatos, mal se apresentaram, pegou em seu traseiro. Outro pediu que ela apoiasse seus seios na mesa do restaurante – e os apalpou. Houve até quem tenha roubado sua calcinha. Ela também fala de masturbação e gosta de expor seu desejo pelo sexo masculino, fazendo referências ao corpo dos homens, em especial o traseiro. A maioria deles beirava ou passava dos 60 anos. Mas houve Graham, de 32, segundo ela um sósia do galã David Duchovny, de Arquivo X, que depois se tornou um grande amigo. “Eu me diverti muito”, afirma. No meio de tanta diversão, apaixonou-se. Robert, porém, tinha outro relacionamento – além de dores insuportáveis na coluna, o que tornava o sexo mais difícil.

Uma Mulher de Vida Airada não fala só dos encontros sexuais de Jane, mas de sua vida e escolhas. Do relacionamento com os pais à paixão pela literatura, do divórcio às aulas de redação para presidiários, Jane dá o pano de fundo para a maior aventura de sua vida, mostrando que a terceira idade não precisa ser um tempo apenas de renúncias e lembranças. Hoje, aos 75 anos e colhendo os frutos de seu livro, lançado no mundo inteiro, ela diz que continua em atividade. “Já não preciso mais de anúncios”, afirma.

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI18069-15228,00-QUERO+FAZER+MUITO+SEXO.html

sábado, 29 de novembro de 2008

I Fórum Maranhense Integrado de Geriatria e Gerontologia

Com muito sucesso, hoje, 29/11, foi o último dia do I FórumMaranhense Integrado de Geriatria & Gerontologia. Gente interessante, debatendo questões importantes sobre a questão da velhice no ambito das políticas de saúde e assistência, visando a apliação e o fortalecimento da Rede Nacional de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa (RENADI), especialmente no que diz respeito ao contexto maranhense.
A palestra magna - "Promoção da saúde e bem-estar na velhice:orientação prioritária do Plano de Ação Internacional para o Envelhcecimento" - contou com as ilustres presenças do Dr. José Luiz Telles (Coordenador Nacional da Política de Saúde do Idoso e Presidente do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso) e do Dr. Edmundo Costa Gomes, nosso Secretário Estadual de Saúde. A dinâmica do evento foi organizada em painéis; tivemos 4 painéis excelentes: Gestão Compartilhada e a Intersetorialidade das Políticas de Assistência Social e Saúde para a Pessoa Idosa; Os 60 Anos da Carta dos Direitos Humanos e os 20 anos da Constituição Cidadã: os avanços e desafios das Políticas Públicas para a Pessoa Idosa; Fragilidade: Síndrome geriátrica com repercussão social; A Voz do Idoso: conversando sobre os seus direitos na assistência social e saúde.
Um ponto alto do evento (dentre tantos!) foi a explanação de idosos de São Luís, Rosário; São José de Ribamar; São Mateus; de representantes do GEN (Gerenciamento do Envelhecimento Natural); da Jane, da AAUNI (Associação dos Ex-Alunos e Amigos da Universidade Integrada da Terceira Idade/UNITI); da Nina (linda Nina!), falando do CAISI e de muitos outros e outras. Belíssimos e belíssimas em seus depoimentos sobre a consciência e a busca de envelhecer com dignidade. Bravo, bravíssimo!!!!
Parabéns a todos e a todas que promoveram e abrilhantaram o evento.

ps: Não posso deixar de dizer um obrigada especial para as companheiras e os companheiros de luta: Socorro, Iva, Isabelzinha, Feitosa, Naíde, Jacira, Zali, Silvana, Karine, Astemar, Assis, Carol, Ana Hélia, Rosário, Adriana, Freitas, Robson, Amara, Selma, Lucinha.... E dos que senti muita falta nesses dias: Isidoro, Ana Lúcia, Eliane, Fátima, Rosi....

Um grande abraço,

Báucis

segunda-feira, 27 de outubro de 2008